segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Gene e DNA

Conceito de Gene
O significado de gene na genética clássica é a unidade funcional da hereditariedade onde estão presentes os ácidos nucleicos, portadores de informações genéticas que proporcionam a diversidade entre os indivíduos. A palavra gene foi criada em 1909 pelo botânico dinamarquês Wilhelm Ludvig Johannsen.
Gene é uma sequência de nucleotídeos distintos que fazem parte de um cromossomo. Cada gene codifica uma determinada sequência de uma cadeia polipeptídica (união de aminoácidos que formam a proteína). O gene é formado por uma sequência de DNA (ácido desoxirribonucleico) e RNA (ácido ribonucleico), sendo este último responsável pela síntese de proteínas da célula.
Genética é a ciência que estuda os genes. Os genes são classificados em: gene dominante (responsável pela atribuição de determinada característica no descendente), gene recessivo (manifesta-se na ausência de gene dominante), gene estrutural (contém a informação que determina a estrutura dos seres vivos), gene operador (atua no funcionamento de outros genes) e gene regulador (controla a síntese e transcrição de outros genes).
O gene corresponde a um código distinto, uma informação para produzir uma determinada proteína ou controlar uma característica, por exemplo, a cor dos olhos.
Genoma é o conjunto de genes de um indivíduo. Cada ser humano possui um único genoma, estimando-se que seja composto por cerca de 25 000 genes. Esse resultado foi obtido através de um trabalho conjunto denominado Projeto Genoma Humano, que tem a função de mapear o genoma humano, ou seja, identificar todos os nucleotídeos que o compõem.
Atualmente, diz-se que um gene é um segmento de DNA que leva à produção de uma cadeia polipeptídica e inclui regiões que antecedem e que seguem a região codificadora, bem como sequências que não são traduzidas (íntrons) que se intercalam aos segmentos codificadores individuais (éxons), que são traduzidos.

Teoria: “Um gene – Uma enzima”
Os primeiros indícios experimentais de que os genes atuam por meio do controle da síntese das enzimas foram em meados da década de 1930. Os pesquisadores George Beadle (1903-1989) e Edward Lawrie Tatum (1909-1975) mostraram que a cor alterada do olho mutante da mosca Drosophila melanogaster devia-se à incapacidade do inseto de realizar uma reação química específica na via metabólica da síntese de um pigmento visual.
Entusiasmado com os resultados obtidos com o estudo da mosca, mas cientes de que aquele organismo muito complexo para o teste de sua hipótese, Beadle e Tatum resolveram utilizar um organismo mais simples em seus experimentos: o bolor rosado do pão, Neurospora crassa.
Hipótese de Beadle e Tatum
Beadle e Tatum imaginaram que, para produzir todos os seus componentes, as células do fungo deviam realizar milhares de reações químicas, cada uma delas catalisadas por uma enzima específica. Se a hipótese de que cada enzima é codificada por um gene específico estivessem corretas, para cada reação metabólica devia haver um gene correspondente, responsável pela produção de enzima catalisadora específica. O que aconteceria se um desses genes essenciais à sobrevivência sofresse mutação, produzindo uma forma inativa da enzima?
Sendo a neurospora haploide, um mutante para um gene essencial não sobreviveria, a menos que a substância codificada pelo gene fosse fornecida ao organismo como alimento. Essa ideia levou Beadle e Tatum a realizar um conjunto de experimentos com Neurospora pelo qual eles receberam, em 1958, o Nobel de Fisiologia ou Medicina.
Em uma primeira etapa, para aumentar a frequência de mutação dos genes, Beadle e Tatum irradiaram esporos do fungo com raios X. Os esporos irradiados eram colocados em tubos de ensaio que continham diferentes meios de cultura. Para selecionar um mutante incapaz de produzir o aminoácido arginina, por exemplo, bastava suplementar o meio mínino com arginina: os fungos mutantes absorviam essa substância do meio e sobreviviam à sua deficiência genética. Um problema dessa técnica é que nos meios mínimos suplementados cresciam também fungos selvagens, isto é, que não haviam sofrido mutações. Como diferenciar um fungo, em que o gene para sintetizar arginina é funcional (arg+), de um fungo mutante, portador de um alelo defeituoso do gene (arg-)?
Beadle e Tatum encontraram a solução retirando uma pequena amostra de cada fungo cultivado no meio suplementado e transferindo-a para meio mínimo. Os fungos que se desenvolviam em meio mínimo eram, com certeza, selvagens (arg+); os que não se desenvolviam no meio mínimo eram mutantes, naquele caso incapazes de produzir arginina (arg-).
Os resultados dos experimentos de Beadle e Tatum consolidaram a "teoria um gene - uma enzima", que foi logo ampliada para o gene - uma proteína que se dividiu e acabou formando aminoácidos, pois ficou claro que os genes controlavam a síntese de qualquer proteína, e não apenas das proteínas enzimáticas.
Quando se descobriu que uma proteína podia ser formada por mais de uma cadeia polipeptídica, cada uma delas condicionada por um gene diferente, a teoria tornou-se ainda mais abrangente e passou a ser denominada teoria "um gene - um polipeptídio".
A hemoglobina humana, por exemplo, é formada por quatro cadeias de tipos de polipeptídios: alfa e beta.

Doenças genéticas
Os genes são a informação química herdada dos nossos pais no momento da concepção e determinam a nossa constituição biológica. São eles que nos formam similares aos nossos pais e controlam o nosso crescimento e a nossa aparência. Também determinam a nossa resistência a determinadas doenças ou predisposição em relação a outras. 

As anomalias ou doenças genéticas são defeitos causados no DNA, (informação genética), do indivíduo que podem causar disfunções metabólicas ou/e alterações físicas no indivíduo. Essas doenças podem ser gênicas, cromossômicas (aberrações) ou ainda, multifatoriais. 

Mutações gênicas são doenças causadas por um defeito num gene, seja na estrutura ou no número. O DNA é essencial para a produção de proteínas no corpo de um indivíduo. Portanto, mudanças acidentais no DNA podem levar a modificações das proteínas fabricadas, muitas das quais são enzimas, com papel fundamental no metabolismo. A produção de uma enzima defeituosa altera o metabolismo, já que a reação que a enzima deveria catalisar não ocorre, e o metabolismo age como se não houvesse a presença de determinada enzima. As doenças genéticas são transmitidas para sua descendência, explicadas pela leis de Mendel. Entre as principais doenças gênicas encontra-se: fenilcetonúria, albinismo, fibrose cística, anemia falciforme, hemofilia, daltonismo e distrofia muscular. 

Mutações cromossômicas são doenças causadas por um defeito no cromossomo, seja na estrutura ou no número. Quando o cromossomo sofre quebras acidentais, podendo faltar pedaços, denomina-se mutação cromossômica estrutural, e quando o cromossomo apresenta alteração no número, apresentando cromossomo a mais ou a menos, denomina-se mutação cromossômica de número, sendo que essa mutação pode causar perturbações expressivas. Entre as principais doenças cromossômicas encontra-se: síndrome de Down, síndrome de Klinefelter, síndrome de Turner e síndrome de Patau. 

Mutações multifatoriais são causadas por uma combinação de fatores ambientais e mutações em genes múltiplos.
Classificação dos distúrbios genéticos:

Monogênicos: (também chamado de Mendeliano). É causado por mudanças ou mutações que acontecem na sucessão de DNA de um único gene.

Exemplo:
·         Anemia falciforme
·         Distrofia miotônica
·         Distrofia muscular de Duchene
·         Doença de Huntington
·         Doença de Tay-Sachs
·         Fenilcetonúria
·         Fibrose cística
·         Hemofilia A
·         Hipercolesterolemia familiar
·         Talassemia
·         Síndrome de Marfan

Cromossômicas: Alterações estruturais e numéricas no conjunto de cromossomo de um indivíduo.

Exemplo:
·         Síndrome de Down
·         Trissomias : 18  13  X
·         Síndrome de Cri-du-chat (miado de gato)
·         Síndrome de Klinefelter
·         Síndrome de Turner
·         Síndrome de Wolf-Hirschhorn
·         Síndrome do XYY

Multifatoriais: (também chamado de complexo ou poligênico). É causado por uma combinação de fatores ambientais e mutações em genes múltiplos.
Exemplo:
·         Alzheimer
·         Más formações congênitas
·         Cardiopatias congênitas
·         Certos tipos de câncer
·         Diabetes mellitus
·         Hipertensão Arterial
·         Obesidade

Doenças mais comuns

Hemofilia A
Essa doença caracteriza-se pela desordem no mecanismo da coagulação do sangue. Os sintomas dessa doença são o aparecimento de hematomas, hemartroses (sangramentos nas articulações), sangramentos intracranianos.
As mulheres são as portadoras do gene causador da doença, mas geralmente não a desenvolvem. Ela poderá se manifestará no filho (do sexo masculino).
Câncer
O câncer é uma doença procedente da interação entre fatores ambientais – como tabagismo, infecções, maus hábitos alimentares, exposição solar, etc. – e genéticos. Alguns cânceres estão fortemente relacionados a fatores ambientais, como o câncer de pulmão e o de pele. Em outros, como o câncer de mama e o de cólon, o fator hereditário pode ter um peso maior. Estima-se que 10% dos tumores malignos sejam hereditários.
Se o indivíduo tiver predisposição genética, ele deve procurar um oncologista para um acompanhamento. Ele realizará exames de prevenção periódicos. Quando um tumor maligno for diagnosticado em fases iniciais, as chances de cura são grandes.
Fibrose cística
É uma doença genética transmitida pelo pai e pela mãe (apesar de a doença não se manifestar em nenhum dos dois), que afeta, na mesma proporção, homens e mulheres. Ela compromete o funcionamento do aparelho digestivo, do respiratório e das glândulas sudoríparas.
Em torno de 20% da população são portadores do gene da fibrose cística, porém não apresentam sintomas. Ela pode ser diagnosticada precocemente através do teste do pezinho.
Daltonismo
É um distúrbio visual cujo portador é incapaz de diferenciar todas as cores ou algumas delas. Sua transmissão ocorre, em suma, da seguinte forma: se a mãe ou o pai for daltônico, 50% dos filhos herdarão o distúrbio. Se ambos tiverem a doença, todos os filhos também terão.

Diabetes
Segundo a Associação Americana de Diabetes, as chances de uma criança herdar a diabetes do tipo 1 do pai é de 5,9%. A criança cuja mãe deu-lhe à luz até os 25 anos terá 4% de chance de herdar a diabetes tipo 1, ou 1% se nasceu quando a mãe tinha mais de 25 anos. As chances de uma criança herdar diabetes tipo 2 dos pais são de 14,3%. Alguns médicos acreditam que as chances aumentam, caso a mãe tenha a doença. Quando o casal tem diabetes tipo 2, as chances de herdar a doença são de 50%.

Cardiopatias
A maior parte das cardiopatias congênitas são, em maior ou menor grau, de origem genéticas. No entanto, a probabilidade de se herdar as doenças é bem pequena, a não ser em alguns casos como na cardiomiopatia hipertrófica, em que as chances de herdar a doença é de 50%.
Hipertensão arterial
Uma pessoa com caso de hipertensão arterial na família tem as chances de desenvolver a doença aumentadas para 30 - 60%.
Apesar das altas chances dos genes dessas e de outras doenças serem transmitidas de uma geração para outra, várias precauções podem ser tomadas a fim de evitar que tais doenças se manifestem. Uma boa alimentação, exames preventivos, exercícios físicos, entre outros cuidados, podem ajudar na maioria dos casos.

DNA

O Ácido desoxiribonucleico, comumente conhecido como DNA (do inglês deoxyribonucleic acid) é um complexo de moléculas que contém todas as informações necessárias para construir e manter um organismo.
Todos os organismos vivos possuem DNA em suas células. De fato, todas as células de um organismo multicelular possuem DNA. Porém, o DNA é mais do que um complexo conjunto de moléculas com estruturas e funções específicas que existe em todos os organismos vivos – ele também é a unidade primária da hereditariedade em todos os tipos de organismos. Em outras palavras, sempre que um organismo se reproduz, uma parte de seu DNA é passada para os seus descendentes.
Essa transmissão de toda ou parte do DNA de um organismo para a próxima geração, contribui para com a continuidade da diversidade genética da espécie ao longo das gerações, de tal forma que essas variações contribuem com a diversidade de organismos vivos no planeta.
Mas, o que é, exatamente, o DNA? Porque elementos pequenos podem constituir uma molécula complexa, como estes elementos estão organizados e como as informações são extraídas deles? Existe uma resposta para cada uma destas perguntas, para isso devemos entender o processo da descoberta do DNA.

DNA é uma estrutura que codifica informações biológicas
O que um humano, uma rosa e uma bactéria tem em comum? Cada um destes possui algo em comum com todos os outros organismos da terra – eles possuem uma estrutura de moléculas que codifica as suas vidas – o DNA.
O DNA é responsável por codificar as informações individuais de cada organismos que existe na terra, e, como vimos, parte dele é herdada dos progenitores (pais), e, ao longo das gerações e trocas de DNA, é possível haver uma maior variabilidade genética e consequentemente mais espécies podem surgir ao longo do tempo.
O DNA codifica informações diversas, como a cor dos olhos de um humano, o tamanho dos espinhos de uma rosa, ou a maneira como uma bactéria é capaz de infectar outro organismo.

Exemplo de DNA numa célula eucariótica
Na maioria das células dos organismos, o DNA se localiza numa organela muito importante, o núcleo. Quando o DNA é organizado em um núcleo, as células são chamadas de eucariontes, porém, quando o DNA fica disperso no citoplasma das células, estas são chamadas de procariontes.

Quais são os componentes do DNA?
O DNA codifica as informações através das suas moléculas chamadas de bases nitrogenadas que estão ligadas a uma molécula de açúcar (desoxirribose ou OH) + Fosfato. Juntas, elas formam nucleotídeos.
As bases nitrogenadas são compostas por: Adenina, Guanina, Citosina e Timina (A, G, C e T) e a molécula de açúcar (desoxirribose ou OH) é ligada a uma molécula de Fosfato (P)como é mostrado no exemplo abaixo:
O DNA é formado por duas fitas de bases nitrogenadas + açúcar/fosfato, originando uma estrutura de dupla-hélice. O que mantém as duas fitas ligadas, são as pontes de hidrogênio que liga uma base nitrogenada a outra correspondente. No caso, Adenina se liga a Timina e vice-versa, e Guanina se liga a Citosina e vice-versa.

Como o DNA é organizado nas células?
Como você pôde ver anteriormente, o DNA pode estar disposto em um núcleo, numa célula eucariótica, ou simplesmente disperso no citoplasma, nas células procarióticas. Na primeira figura, do DNA numa célula eucariótica, o DNA vai literalmente se enrolando até originar os cromossomos.
O DNA se enrola nas cromatinas. Estas por sua vez, se enrolam sobre si mesmas, formando as histonas, até formarem um complexo gigante de polinucleotídeos, ou seja, um conjunto enorme de vários nucleotídeos (bases nitrogenadas + açúcar e fosfato + pontes de hidrogênio), que recebe o nome de cromossomos.

Como o DNA é produzido?
O DNA é produzido de modo muito interessante, no sentido 3′ –> 5′ (três linha –> cinco linha). A produção do DNA inicia em um organismo vivo, à partir do momento em que o espermatozoide fecunda um óvulo. Nesse momento, todas as informações do futuro organismo vivo, serão criadas por meio da combinação de parte do material genético da mãe com a parte do pai.
Mas o que é o sentido 3′ – 5′?
Simples! Á partir de um nucleotídeo, o outro nucleotídeo que se ligar, vai se ligar por meio do 3º carbono livre na molécula de açúcar (OH) do nucleotídeo primário. Numa fita, só ocorrem ligações nesse sentido. Na outra fita, a adição de novos nucleotídeos vai ocorrer no 5º carbono livre da molécula de açúcar dos nucleotídeos. Por este fato é que temos o sentido 3′ – 5′.
Esta variação no sentido de adição de nucleotídeos entre as fitas, se dá por conta da seleção natural. Isso porque, nesse sentido de adição, há um aumento da variabilidade genética entre os indivíduos de uma mesma espécie, fazendo com que os indivíduos não se tenham as mesmas informações genéticas, pois senão, seriam clones uns dos outros. Numa população com muitas semelhanças genéticas, se um indivíduo for afetado gravemente por alguma doença e morrer, com certeza os outros indivíduos terão as mesmas probabilidades de mortes, pois são muito semelhantes.

Como o DNA codifica as informações?
Dentre os cromossomos, existem várias regiões específicas que possuem conjuntos de pares de bases nitrogenadas que são responsáveis por determinadas funções. Estas regiões com nucleotídeos com funções específicas são chamadas de genes. São os genes que codificam as informações e estruturam os organismos.
Por isso que o DNA é algo comum a todos os tipos de organismos vivos. Sem ele, não há como um organismo ser estruturado e possuir suas peculiaridades fenotípicas e genéticas. Os genes, por meio do DNA, participam da produção de um organismo todo, e por isso algumas mutações em genes específicos, podem causam diversas más-formações, como no caso da síndrome de Down, que é uma trissomia do cromossomo 21.
Nós possuímos 46 pares de cromossomos em cada uma de nossas células somáticas, ou seja, em todas as células de nosso corpo, exceto as células germinativas, que possuem somente 23 cromossomos. Lembra-se que metade de nosso material genético (DNA) é herdado por parte do pai e parte da mãe? Pois bem, é exatamente por isso! Porque o espermatozoide tem 23 cromossomos e o óvulo também. Nessa mistura de DNA, organismos surgem.
O uso dos genes na cura de doenças

Após décadas de tratamentos experimentais, foi aprovada na União Europeia a primeira terapia gênica oficial fora da China. A popularização da técnica pode significar desde a cura para pacientes com doenças raras até promover melhorias no corpo humano.
   
Abril de 2002. A única esperança de Rhys Evans era um vírus. Portador da síndrome da imunodeficiência combinada grave (SCID, sigla em inglês), também conhecida como doença do menino bolha, o britânico, então com 18 meses, recebeu uma injeção na veia contendo um vírus que carregava um gene alterado em laboratório. Ao entrar na corrente sanguínea de Evans, o microorganismo ligou-se às células da medula óssea. Arremessado para dentro do núcleo, o novo gene começou, então, a mudar as ordens para que as células de defesa passassem a ser produzidas.

Atualmente, Rhys Evans ainda depende de remédios diários e de injeções semanais para se manter saudável. Mas a terapia gênica, uma novidade que parecia ficção científica na época, salvou a vida do garoto - pacientes com SCID costumam viver por apenas dois anos. Agora, dez anos depois do tratamento pioneiro, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) aprovou a primeira terapia gênica do continente, a primeira no mundo fora da China (onde o rigor com esse tipo de pesquisa ainda não é tão grande).

Terapia Genética

Terapia Genética é a técnica que permite corrigir genes que estão alterados e que são responsáveis pelo desenvolvimento de doenças.
Na abordagem mais usada pelos pesquisadores, um gene normal é inserido em uma região não específica do genoma para substituir um gene alterado. Além dessa abordagem, pode-se ainda alterar a maneira como um gene é ligado ou desligado, trocar o gene alterado por um normal ou consertar o gene alterado por mutações seletivas.

Funcionamento da Terapia Genética

Um gene "normal" é inserido no genoma para substituir o gene alterado causador de doença. Um veículo molecular chamado de vetor, normalmente um vírus, é utilizado para entregar o gene terapêutico às células alvo no paciente. Essas células são, então, infetadas com o vetor viral. O vetor entrega o material genético contendo o gene terapêutico humano à célula alvo. É gerada uma proteína funcional, produto do gene terapêutico inserido, que restaura a célula alvo ao seu estado normal.
O vírus mais utilizado é o adenovírus (vírus da gripe), vírus associados ao adenovírus, o vírus da herpes e o retrovírus.

Conclusão

Basicamente na terapia gênica, o DNA defeituoso é substituído por uma cópia que funciona normalmente, ela consegue corrigir os genes que estão alterados e que são os responsáveis pelo desenvolvimento de várias doenças.

Um dos principais vírus utilizados é o adenovírus que seria o vírus da gripe. Um dos vírus que é responsável por mortes de milhões de pessoas pelo mundo é o HIV, porém foi descoberto que ele é capaz de curar doenças que até então não tinham tratamento.